Foto de José Sarmento Matos / Público

Uma saudade que fica

Terminei o meu curso em Outubro e continuo a procura de um emprego que se enquadre nas minhas perspectivas. Sim, ainda não me caiu nada do céu.

A verdade é que este processo de transição, entre a fase de término dos estudos e de procura de emprego, está a ser um autêntico choque para mim. Pensei que seria mais fácil lidar com a mudança. Mas não.

A verdade é que enquanto estamos “presos” aos 3/4/5 anos de licenciatura desejamos afincadamente que o tormento termine. Já não conseguimos mais aguentar aulas, professores, avaliações ditas contínuas, exames, recursos, trabalhos da treta e apresentações que não lembram a ninguém.



 

Apesar de eu já saber o que era o mercado de trabalho e, infelizmente, ter tido a necessidade de trabalhar durante todo o meu percurso académico porque, sozinha, a minha mãe não conseguiria, já não podia mais ver-me dentro do Campus. Talvez por ter uma vida tão limitada ao trabalho e ao estudo, isso fez com que me aborrecesse muito mais rápido.

Contudo, este sentimento, num segundo, se desvaneceu. Agora só queria voltar! Sim, eu quero voltar, mas a vida não me permite continuar a lutar pelo meu sonho (a vida ou os critérios de atribuição de bolsas do Estado português). Agora tenho saudades do que a faculdade me deu. Sem dúvida, os melhores anos de uma vida.

Por isso, a minha mensagem é esta: não atribuam ao vosso percurso académico um sentimento de obrigação. Aproveitem cada momento. Cada oportunidade. Cada aula. Cada trabalho. Cada pedaço de história que a vida universitária vos dá.

É duro, sim, mas compensa tanto!

 

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Este texto faz parte de uma nova série de textos de opinião de alunos do ensino secundário e superior sobre a sua visão do ensino e da educação.

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