Alunos de Medicina vão aos Açores sensibilizar a população

Medicina Mais Perto Edição de 2014 @ AEFML

A sétima edição do projeto Medicina Mais Perto: Ilhas decorrerá na ilha de S. Miguel, entre os dias 1 a 8 de março de 2015, com o objetivo de promover boas práticas de saúde através da educação, da sensibilização e do aconselhamento à população. Esta é uma iniciativa do departamento de Saúde Pública, Reprodutiva e SIDA (DSPRS) da Associação de Estudantes da Faculdade de Medicina de Lisboa (AEFML).

O foco do projeto está nas doenças cardiovasculares e cerebrovasculares, líderes no que respeita à mortalidade, bem no número crescente de casos de obesidade e infeções sexualmente transmissíveis (ISTs) no nosso país. Através de diversas atividades, os alunos pretendem informar e consciencializar a população para estas questões, bem como identificar e alterar comportamentos de risco, esperando, desta forma, contribuir para a diminuição do seu impacto em localidades mais afastadas dos grandes centros urbanos e com menor acesso aos cuidados de saúde primários. Este ano serão também abordados os vários problemas associados ao envelhecimento da população.

As 6 edições passadas dividiram-se entre os Açores e a Madeira. Segundo o que Ana Dagge, da Comissão Organizadora, contou ao Uniarea, “escolhemos novamente os Açores este ano por nos termos deparado o ano passado com uma realidade na qual a prevalência de doenças cardio e cerebrovasculares, bem como de consumos (álcool e drogas) na população jovem e até estudantil, muito elevadas”.

“Projetos como este ajudam os estudantes de Medicina a perceberem o que é praticar Medicina em contacto direto com uma população que nem sempre tem acesso adequado aos cuidados de saúde primários e dão-nos uma formação completar à que recebemos ao longo do curso, tornando-nos médicos mais completos”, admitiu Ana Dagge.

 

Estão envolvidos 20 estudantes, todos da Faculdade de Medicina de Lisboa, que frequentam entre o 3º e o 6º ano. A ação é constituída por rastreios de fatores de risco cardiovasculares em locais públicos e porta a porta, por ações de formação em escolas, e ações de sensibilização diurnas e noturnas em espaços de convívio.

Na edição do ano passado, por toda a Ilha de São Miguel, foram rastreadas mais de 550 pessoas e foram realizadas formações em 7 escolas, abrangendo mais de 50 turmas, num total de 200 crianças e adolescentes.