Combate à solidão: jovens e idosos vão poder partilhar casa

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Chama-se Partilha Casa a iniciativa que a MEO acaba de lançar enquanto projeto nacional que pode unir gerações, e ao mesmo tempo amenizar a crise habitacional e a solidão dos mais velhos. A ideia é disponibilizar, numa plataforma, os programas que fomentam a partilha de alojamento entre seniores e jovens estudantes universitários. O conceito é simples: juntar jovens universitários, que procuram alojamento nas cidades para onde são deslocados, e os seniores que vivem sozinhos e apreciam a companhia.

A iniciativa parte, afinal, do que é a realidade portuguesa: o país da União Europeia a envelhecer mais rapidamente, em que 1 milhão e 700 mil idosos afirmam viver em solidão. Segundo as estatísticas oficiais, há outro dado que concorre para que esta iniciativa seja precisa: 95% dos jovens portugueses vivem com os pais e a renda média dos contratos de arrendamento mais recentes corresponde a mais do triplo dos contratos antigos.

Desta forma, o programa agora lançado assume-se como “uma solução que permite mitigar ambas as dificuldades”, adianta fonte da MEO. O website partilhacasa.pt disponibiliza uma plataforma que integra os atuais programas parceiros “que fomentam a partilha de casa intergeracional e abre a porta a que outros se desenvolvam e associem a esta mesma iniciativa que tem, como um dos objetivos, dinamizar uma maior prevalência deste tipo de soluções por todo o nosso país”, refere Ana Figueiredo, presidente-executiva da Altice, em nome da organização.

E é também neste website que todos os interessados – seniores, jovens ou instituições – se podem registar e, assim, fazer parte desta iniciativa. Por agora, na fase de lançamento, há apenas três cidades que fazem parte do programa, através de outras tantas instituições. É o caso dos programas Abraço de Gerações, de Coimbra, e o Une.Idades, de Lisboa, bem como a Gebalis, enquanto parceira promotora deste conceito na cidade de Lisboa.

 

Mas a ideia é conseguir uma cobertura ampla do território nacional. “Com esta iniciativa pretendemos chegar a todos os cantos do país, em prol de uma causa maior e à qual os portugueses não podem ficar indiferentes“, acrescenta Ana Figueiredo, considerando que, enquanto empresa destacada nas comunicações eletrónicas, a “MEO tem o dever de chamar a atenção dos portugueses para temas presentes na sociedade, colaborando na construção de um futuro que honre a importância fundamental das pessoas.”

No que respeita ao Porto, o município também se associou à iniciativa, através dos programas Porto Importa-se ou Residências Partilhadas.

A iniciativa – que terá a duração de 3 anos – vai ser alvo de uma campanha multimeios, por forma a divulgar o projeto, a nível nacional. “Quando se abre uma porta, abre-se o coração” é o mote para difundir junto da população esta nova plataforma.