Dois em cada três jovens portugueses auferem menos de mil euros líquidos por mês, segundo revela o estudo intitulado “Retrato da População Jovem Portuguesa: Quem São, o Que os Move Agora e Quais as suas Expectativas”, divulgado nesta terça-feira.
A pesquisa, mencionada pelo Jornal de Notícias, entrevistou mais de 5 mil jovens, indicando que o salário médio daqueles que trabalham 35 horas semanais é de 725 euros líquidos por mês. Para os que trabalham entre 35 e 40 horas, o salário médio é de 847 euros, enquanto os que trabalham mais de 40 horas têm um rendimento médio de 1.144 euros.
O estudo aponta que 65,6% dos jovens recebem um salário igual ou inferior a mil euros líquidos por mês. Trinta e um por cento recebem entre mil e 3 mil euros, enquanto apenas 3,4% têm uma remuneração superior a 3 mil euros.
Cerca de 23% dos jovens auferem o salário mínimo nacional ou menos (considerando o valor de 705 euros em 2022). Apenas 6% recebem o equivalente a dois salários mínimos.
Observa-se uma disparidade salarial de 26% entre homens e mulheres, assim como diferenças entre as regiões litoral e interior. Os trabalhadores no litoral ganham, em média, 5% mais do que os do interior.
No estudo, realizado pelo SINLab e que envolveu jovens com idades entre os 12 e os 30 anos, 57% afirmaram depender dos rendimentos familiares. Entre os independentes, apenas 20% possuem casa própria, com um terço ainda residindo com a família. Outro terço vive em habitação arrendada, enquanto 11% residem em residências universitárias ou quartos alugados.