Escolas fechadas a partir de amanhã. Universidades com autonomia para decidir se encerram

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O primeiro-ministro anunciou hoje o encerramento das escolas a partir de amanhã, sexta-feira, 22 de janeiro, com a atividade letiva a ficar toda suspensa.

“Apesar de todo o esforço que as escolas fizeram para se preparar e funcionar de forma normal face a esta nova estirpe e a velocidade que ela comporta, manda o principio da precaução que procedamos a interrupção de todas as atividades letivas durante os próximos 15 dias”, disse António Costa esta quinta-feira.

“A interrupção será devidamente compensada no calendário escolar da forma que o ministro da Educação ira ajustar com o conselho de diretores de escola de forma a compensar estes 15 dias que se irão perder de ensino presencial, com o alargamento do ensino presencial noutro período dedicado a férias”, acrescentou.

Na sua intervenção, António Costa voltou a reafirmar que as escolas “não são nem foram o principal foco de transmissão, nem são nem foram o principal local de transmissão”.

 

Universidades com autonomia para decidir se encerram

As instituições do ensino superior tem autonomia para decidir se fecham portas durante os próximos tempos, disse hoje o primeiro-ministro, depois de ter anunciado o encerramento das escolas durante 15 dias a partir de amanhã.

“No caso do ensino superior, e no âmbito da autonomia universitária, serem adotadas as devidas medidas sendo que alguns dos estabelecimentos estão neste momento em atividades de avaliação e poderão ter de reajustar esse calendário”, afirmou António Costa em conferência de imprensa após o Conselho de Ministros.

A decisão hoje anunciada abrange “desde as creches aos ATLs, e a todos os graus de ensino”, à exceção dos estabelecimentos de ensino superior, acrescentou.

 

O Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior enviou às instituições um conjunto de recomendações, onde há a abertura para que continuem a a realização de atividades de avaliação presencial, desde que “seja considerada essencial e não exista possibilidade de adiamento das mesmas”.

Portugal atingiu hoje novo recorde de vítimas mortais: 221 óbitos nas últimas 24 horas, um total de 9.686 em 10 meses de pandemia. Já o número de casos subiu 13.544 para 595.149, segundo os dados da DGS.

A pesar na decisão também terá estado o facto de Portugal ter registado ontem um dos piores dia da pandemia: recorde de novas infeções (14.467) e de mortes (219), que foi ultrapassado pelos números de hoje.