O ministro do Ensino Superior reforçou esta sexta-feira que a orientação “é para manter” o ensino presencial e disse que os casos positivos de novo coronavírus nestas instituições “não são significativos” quando medidos em termos da população local.
“A ideia é manter o ensino presencial em Portugal e na Europa e manter algo que é particularmente crítico, que é a interação entre os estudantes, entre os estudantes e os professores e os investigadores. Naturalmente tendo todo o cuidado nas zonas de convívio e nas refeições”, afirmou Manuel Heitor, à margem de uma visita à Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (UTAD), em Vila Real.
O ministro da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior respondeu aos jornalistas a propósito das medidas mais recentes de contenção da Covid-19, anunciadas na quinta-feira em Conselho de Ministros, e que preveem restrições para 191 concelhos.
“Os inquéritos epidemiológicos em Portugal são claríssimos, cerca de 70% dos contactos dão-se em ambiente familiar e eventos sociais, sobretudo ao fim de semana”, sustentou. Pelo contrário, acrescentou, “não se dão dentro das salas de aula, dos laboratórios de investigação e, por isso, a orientação em Portugal e na Europa é para o ensino se manter sempre que possível presencial”.
“Obviamente com muita responsabilidade, como o uso da máscara e todas as proteções e desinfeções necessárias, assim como a adoção de sistemas com inovação pedagógica”, salientou.
Ao pedido para fazer um balanço sobre os casos positivos de infeção pelo novo coronavírus nas instituições de ensino superior, Manuel Heitor respondeu que “em termos da população são verdadeiramente não significativos”.
“Os casos e os surtos que apareceram sobretudo nas universidades do Porto, Coimbra e depois em Aveiro quando quantificados em termos da população local, são números particularmente não significativos“, referiu.
Antes de chegar à UTAD, o ministro esteve no Instituto Politécnico de Bragança (IPB), que, na quinta-feira, informou que no seu universo de profissionais estão em confinamento um professor, dois trabalhadores não docentes e um investigador devido a caos positivos do novo coronavírus.
O IPB disse ainda que diversos alunos entregaram no Politécnico declarações para efeitos de justificação de faltas, sem especificar porém qual o seu número e quais os motivos invocados — se doença se contacto com doentes.