Não foi uma escolha, foi a escolha

Não sei se é sorte ou azar acho que ate aquele domingo em que saem as colocações ninguém percebe o que vai acontecer, não percebem que de um minuto para outro, apenas com um clique para abrir o email do resultado, nós acabamos por ganhar uma nova casa acabamos por construir um novo modelo (aquele de viajante que sempre associado aos turistas por andarem com as malas na mão). No meu caso não foi diferente, não sabia! Pensava que ia entrar na primeira opção que ia ser perfeito tinha-me convencido que ia para lá porque era assim que tinha que ser e ponto. O problema é que quando se percebe que tudo o que se idealizou não ia acontecer, que ia para uma cidade que na verdade não queria muito, pois…, juro que o pânico inicial fez-me chorar e não acreditava. Afinal as coisas não eram tão lineares como pareciam.

Esta é verdade, não entrei na primeira opção por meia décima (0,005), fiquei em Coimbra e jurava que era uma condenação. Mas agora acho que não podia ter sido melhor. Aquela sensação de ter entrado na universidade de Coimbra, acho que é única. Apercebi-me disso no dia das matriculas, quando ao chegar ao pé da banca do meu curso e vi colegas mais velhas que logo se apresentaram como sendo “as minhas doutoras” e me mandaram gritar o meu curso, aquelas palavras entraram e mexer com migo e o meu grito logo soou: Ciências da educação com muito orgulho. E é mesmo estudo ciências da educação e estou a acabar o meu ano de caloira e não há palavras para dizer o quanto orgulho tenho no meu curso, no meu trajeto, nas novas amizades, em tudo que eu construí aqui.



Coimbra recebeu-me de braços abertos, não me deu só um curso deu-me amigos, deu-me uma família, uma casa onde eu me sinto mesmo em casa. É impossível não sentir, envolveu-me desde da escolha da minha madrinha, passando pela latada, as noites de recinto, a praxe que tanto nos ensina, o traçar da capa, a queima. Coimbra é mais do que milhares de estudantes ou uma universidade, Coimbra somos nós que acrescentamos historia à que ela já tem.

 

Sentir Coimbra é mais do que cumprir um monte de tradições, é sentir a as aguas de Mondego, é olhar para a velha cabra como um referendo, é abraçar capa, é cantar a balada da despedida como fosse a ultima vez e já perceber o seu sentido.

Agora, posso dizer com toda a certeza esta foi a melhor escolha que fiz, esta foi a escolha que provavelmente vai influenciar todo o meu trajeto profissional. Não sonhei entrar, mas agora não te quero abandonar. Coimbra <3

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Este texto faz parte de uma série de textos de opinião de alunos do ensino secundário e superior sobre a sua visão do ensino e da educação.

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