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O “não” do sucesso


Olá. Sou o Francisco estudante do 12º ano em CT. E aqui vai uma opinião minha sobre a motivação escolar.

Como estudantes e jovens adolescentes, no secundário, somos agora números da conjugação das nossas notas internas e externas. Método que acredito ser o mais democrata e justo. Posto isto, o estudo e a motivação que impulsionam o teu estudo são imprescindíveis para o alcance até da menor percentagem ou décima. Se por um lado a motivação concentra-se no fim que objetivamos, e no quanto o desejamos, há algo pouco falado que talvez seja o que precisas saber – talvez seja  o que te falta.

Sabes o trabalho que tens que fazer daqui a um mês? Por que não começar agora? Faltam muitos dias no calendário, sim, mas será pouco provável que até lá haja marasmo de compromissos.

Pensando bem, se calhar até que podendo ter eu razão, podes encontrar conforto no facto de que, olhando para a tua turma, ninguém se irá comprometer também a tais antecedências. Não serás tu o diferente! Pois, aqui está o “não” que ainda não disseste e que talvez te esteja a prejudicar numa escala da qual nem te apercebes – a negativa influência de grupo.

 

Um outro exemplo desta influência que parece cada vez mais patente é a crítica não construtiva e desproporcional: “Tantos trabalhos de casa”; “Este professor é mesmo chato”; “Nunca mais acaba isto”. Algumas destas frases já ouviste certamente por parte dos teus colegas. Se há algo que por experiência própria advoco é a renúncia a este tipo de “filosofias” de circunstância  no qual o único culpado é o comodismo. É comum que em grupo haja tendência para dizer o que te faça julgar por “mais fixe”. Infelizmente, o “mais fixe” de hoje é não estudar e ser o típico baldas. Este tipo de frases conduzem imediatamente um enorme sinal de stop ao qualquer ímpeto que possas ter para estudar. Assim, estudar fica associado, sucessivamente, a uma ideia negativa, o que quebra qualquer dica de motivação que possas tentar pôr em prática.

Indico uma boa dose de autodisciplina e uma boa capacidade de filtragem! Ser bom aluno implica conseguir ultrapassar estas barreiras comodistas que te impõem. Acho que ser bom aluno, e para além do mais, ser alguém que valoriza a cultura e a ciência é o ato mais rebelde que podes ter hoje!

A partir do momento que haja uma abstração destes pensamentos negativos indutores do engano, de certo que tal como eu vais adorar aprender, estudar, arriscar, inovar. Quando experimentares por ti, vais não só ser melhor no que fazes, como vais ser mais tu mesmo – essa é a maior motivação que podes ter. Ainda que possa ser sinónimo de mais sacrifícios, tudo te vai parecer diferente, e isso se deve por efetivamente o ser.

 

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Este texto faz parte de uma série de textos de opinião de alunos do ensino secundário e superior sobre a sua visão do ensino e da educação.

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