Ser finalista é, só, a melhor coisa do mundo. Para além de estarmos a terminar uma fase das nossas vidas e de fazermos o costumeiro balanço do que fizemos nos anos anteriores, entramos em clima de festa.
Quando falo em festa, refiro-me à viagem, ao baile, enfim, a todo o clima de grande alegria por estarmos a terminar uma fase e a entrar noutra, altamente desafiante e que exigirá o melhor de todos nós.
Mas ser finalista (e claro, eu entendo que possa haver alguns excessos) pressupõe responsabilidade. Estamos a tornar-nos adultos no sentido literal e jurídico da palavra. A turbulenta adolescência começa a fugir-nos dos braços e a dar lugar à mais pesada maioridade.. E, por isso, passamos a ter de dar o exemplo, como pessoas, como cidadãos. Sim, acredito nisso. O finalista é responsável por defender a boa formação que recebeu. Mostrar ao mundo que está pronto para ele, para nele intervir, para o melhorar.
Alicerçado nesta minha crença, não posso deixar de sentir algo reprovador em relação aos recentes acontecimentos em Espanha. A violência contra pessoas/bens só se justifica em situações absolutamente extremas em que aqueles camaradas finalistas, claramente, não se encontravam. O empolgar da comunicação social faz com que seja difícil descobrir a verdade, mas se, de facto, houve incumprimentos contratuais, não foi, de todo, a forma mais correta de resolver esse mesmo contencioso.
Por isso digo a cada um de vocês, queridos colegas e amigos: sejam finalistas com tudo a que têm direito e que já mencionei acima (e um bocadinho de excesso, só um bocadinho.., e que não prejudique ninguém) e assumam também o vosso lugar como tal, que implica a responsabilidade de, como pessoas que tiveram o incalculável privilégio de estudar, serem capazes de contribuir para um mundo e uma sociedade melhores, o que se deverá refletir, obviamente, no nosso comportamento.
PS: Bom resto de 12º a todos, aproveitem ao máximo. Estejam com os amigos, como todas as pessoas de quem gostam. Digam tudo o que houver para dizer, seja um “desculpa, não fui muito correto contigo daquela vez..” ou um “adoro-te”. Divirtam-se muito, sintam cada momento.
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Este texto faz parte de uma série de textos de opinião de alunos do ensino secundário e superior sobre a sua visão do ensino e da educação.
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