Curso de Medicina vai abrir na Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro com 40 vagas por ano

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O curso de Medicina da Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (UTAD) foi esta quarta-feira aprovado pelo conselho de administração da Agência de Avaliação e Acreditação do Ensino Superior (A3ES), anunciou a academia transmontana.

O mestrado integrado em Medicina, que se quer criar em Vila Real, foi acreditado pela A3ES, por um período condicional de dois anos.

A vice-reitora para a Educação e Qualidade, Carla Amaral, afirmou à agência Lusa que esta é uma “boa notícia” para a academia e para a região de Trás-os-Montes e adiantou que a UTAD “está muito comprometida” em que as vagas abram no ano letivo 2026/27. O curso, criado em parceria com a Unidade Local de Saúde de Trás-os-Montes e Alto Douro (ULSTMAD), prevê a formação de 40 estudantes por ano.

O reitor interino da UTAD, Jorge Ventura, considerou que a criação do curso de Medicina constitui “um marco fundamental e estratégico para a região, revestindo-se de elevado impacto científico, social e humano, que reforça o papel da UTAD na coesão territorial, na inovação e no desenvolvimento do interior do país”.

 

Carla Amaral explicou que a acreditação está condicionada ao cumprimento de condições como a formação do corpo clínico e docente, o aumento do número de docentes com doutoramento, ou a criação do centro de simulação, que é classificado por Carla Amaral como “absolutamente fundamental durante o processo de ensino e aprendizagem”.

“Estávamos à espera disso, nós vamos ter um período condicional de dois anos, durante esses dois anos, teremos que cumprir condições que estão elencadas pela comissão de avaliação externa”, referiu.

 

Carla Amaral garantiu que a UTAD está comprometida e a trabalhar no sentido de que o novo curso abra em 2026/27, no entanto advertiu que podem não estar ainda reunidas as condições “necessárias e suficientes” para fazer a abertura no próximo ano letivo.

Esta foi a terceira vez que a UTAD submeteu o processo à A3ES. Depois de, por duas vezes ter sido rejeitado, Carla Amaral disse que o projeto da academia transmontana foi melhorado e reforçado.

A proposta da UTAD passa pela admissão de 40 alunos por ano, um número máximo que se pretende manter ao longo dos seis anos do curso, e centra atenções na humanização e na proximidade com o paciente, bem como nos cuidados de saúde primários e nos cuidados preventivos.

O plano de estudos assenta o ensino em pequenos grupos, em casos clínicos e visa também a criação do centro de simulação.

Para a implementação deste mestrado integrado, foi também preparado um sistema de transportes dos estudantes que irá ligar a universidade e a ULS, que agrega os hospitais de Vila Real, Chaves e Lamego e 23 centros de saúde.