Os 7 maiores Mitos sobre o Traje Académico — Verdade ou Ficção?

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O traje académico é, sem dúvida, uma das tradições mais emblemáticas do ensino superior em Portugal. Com as suas capas negras, fitas coloridas e simbolismo carregado, é fácil perceber por que este conjunto se tornou tão icónico. No entanto, à volta do traje académico giram muitos mitos — alguns engraçados, outros assustadores, e muitos… completamente falsos.

Neste artigo, desmistificamos os principais mitos sobre o traje académico para que possas usá-lo (ou não) com conhecimento de causa.

🎓 1. “Só podes usar o traje se fores praxado.”

Falso. Este é provavelmente o mito mais comum. A verdade é que qualquer estudante do ensino superior pode usar o traje académico, independentemente de ter participado ou não na praxe. O traje é um símbolo da tua condição de estudante universitário, não um “prémio” da praxe.

🧼 2. “A capa nunca pode ser lavada.”

Parcialmente verdadeiro. Este mito vem da ideia romântica de que a capa carrega memórias, histórias e até lágrimas, e por isso não deve ser lavada. No entanto, pode ser lavada sim — mas com cuidado. A maioria opta por apenas escová-la ou limpá-la a seco, para preservar o aspeto e o simbolismo. Lavar com água e sabão? Melhor não arriscar.

 

✂️ 3. “Se cortares a capa, és excluído da academia.”

Falso. Cortar a capa é uma tradição em algumas universidades, especialmente para criar lembranças (como dar um pedaço a um grande amigo ou colega). Não existe nenhuma regra oficial que proíba ou penalize isso. No entanto, é algo simbólico e, como tal, deve ser feito com respeito.

🔥 4. “Se vestires o traje antes do tempo, dás azar.”

Mito com raízes na tradição. Este mito tem origem na crença de que o traje só deve ser vestido após a bênção das fitas ou a aprovação no primeiro ano, dependendo da academia. Embora muitas tradições o incentivem, não há mal nenhum em vestir o traje antes, se te sentires confortável com isso. Azar? Só se deixares cair café na capa.

👠 5. “As raparigas têm de usar saia e salto alto.”

Falso (e antiquado). Embora o traje feminino tradicional inclua saia e sapatos de salto, não há obrigação legal ou universitária que o imponha. Em muitas universidades, é comum ver adaptações como calças ou sapatos rasos — desde que mantenham a formalidade e respeito pelo traje. O mais importante é sentir-se representado e confortável.

🎨 6. “As fitas representam os cursos.”

Parcialmente verdadeiro. As cores das fitas que vês penduradas nas pastas ou nos trajes podem representar o curso, mas também têm um lado mais pessoal. São frequentemente oferecidas por amigos, familiares ou colegas, e muitas vezes contêm mensagens ou dedicatórias. Por isso, uma fita não diz tudo à primeira vista.

 

🐰 7. “O traje é só para festas e praxes.”

Falso. O traje é usado em vários contextos: cerimónias oficiais, momentos solenes, enterros académicos, Missas da Bênção das Fitas, e até defesas de teses. Também pode ser usado em eventos académicos fora da praxe. O traje é um símbolo de identidade académica e vai muito além da festa ou da praxe.

Conclusão

O traje académico é muito mais do que um conjunto de peças pretas — é um símbolo da vivência universitária, carregado de história, tradição e significado. Mas como todas as tradições, também ele está sujeito a lendas urbanas e mal-entendidos. O importante é que cada estudante o use (ou não) com liberdade, consciência e respeito pela diversidade que existe dentro da academia.

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