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Exames Nacionais 2024: o que muda este ano?

Os exames nacionais do ensino secundário arrancam amanhã, dia 14 de Junho, com as provas de Português. Apesar de o novo regime destas provas só se aplicar a todos os alunos no próximo ano lectivo, haverá já este ano algumas mudanças.

O que muda este ano nos exames nacionais?

Para os alunos que estão no 12.º ano, nada vai mudar face às regras dos últimos quatro anos. Ou seja, os estudantes vão fazer apenas exames às provas de que necessitam para ingresso no ensino superior.

No entanto, para os alunos do 11.º haverá mudanças, já que passam a ter de realizar três exames para concluir o secundário: Português no 12.º ano, que passa a ser obrigatório para todos os alunos dos quatro cursos científico-humanísticos, e mais dois exames à tua escolha.

Isso quer dizer que é possível só fazer exames no 12.º ano?

Não. De acordo com o Guia Geral de Exames de 2024, os alunos do 11.º ano já terão de realizar, para efeitos de aprovação e classificação final da disciplina, pelo menos um exame a uma das disciplinas bienais da formação específica ou a Filosofia.

 

Pode-se ir a exame com negativa à disciplina?

Não. Para irem a exame, os alunos devem ter, pelo menos, dez valores de nota interna final (resultante da média de dois ou três anos em que frequentaram aquela disciplina), não podendo no ano terminal de cada disciplina a nota ser inferior a oito valores. Caso não o consigam, podem inscrever-se no exame como alunos autopropostos. Nesse caso, a classificação do exame será a nota final da disciplina.

Quanto valem os exames na nota final da disciplina?

Os exames realizados este ano pelos alunos do 11.º ano ainda irão contar 30% para a nota final da disciplina. Por exemplo, um aluno que tenha nota interna de 18 valores a uma disciplina e obtenha 15 no exame terá uma nota final de 17 valores. No entanto, com o novo modelo de exames, o peso destas provas vai baixar: vão passar a valer apenas 25% da nota final da disciplina.

 

No próximo ano, para os alunos do 12.º que realizem exames, estas provas ainda contarão 30% na nota final da disciplina. No caso dos do 11.º ano já contará 25%.

Como se calcula a média final do secundário?

A média final para os cursos científico-humanísticos é o somatório de todas as notas (já incluindo os resultados dos exames), a dividir pelo número de disciplinas, com excepção da disciplina de Educação Moral e Religiosa. É uma média simples, mas isso é algo que também vai mudar a partir do próximo ano.

Para os alunos que entraram, neste ano lectivo, para o 10.º ano, o cálculo da média final do ensino secundário já é diferente. O peso de cada disciplina para a média final do aluno vai variar de acordo com a sua duração. Ou seja, uma disciplina que os alunos tenham ao longo dos três anos do secundário, como são os casos de Português ou Matemática, terá uma ponderação maior nessa média do que uma anual ou bianual. No caso dos cursos profissionais, a fórmula de cálculo da média é diferente.

E como se calcula a média do acesso ao superior?

A média para entrar no ensino superior é calculada tendo em conta a classificação final do secundário e as notas dos exames que são as provas de ingresso definidas pela universidade ou politécnico para o curso a te estás a candidatar. Nestas provas, tens de ter, no mínimo, 95 pontos, na escala de 0 a 200. A classificação final do ensino secundário vale, no mínimo, 50% dessa nota. Já as provas de ingresso podem valer entre 35% e 50%. Nos cursos que exigem pré-requisitos, estes valem até 15% da nota de acesso.

No próximo ano também haverá alterações nestes valores: os exames vão ter um peso mínimo de 45% para a média de ingresso e a média do ensino secundário valerá, no mínimo, 40%.

Quantos exames tenho de realizar como Prova de Ingresso?

Para a candidatura ao ensino superior deste ano são exigidas entre 1 a 3 provas de ingresso pelos vários cursos superiores, sendo que na maior parte dos exames é possível entrar apenas com um exame como prova de ingresso.

A partir de 2025, aumenta o número de provas de ingresso exigidas no concurso nacional de acesso para 2 a 3 provas, a definir pelas instituições de ensino superior, e que já se encontram no site da DGES.

Como já acontece em Medicina, o único curso com 3 provas de ingresso definidas pela legislação, o CNAES ou a legislação poderá fixar o elenco de provas em determinadas áreas.

É possível pedir a revisão do exame? Tem custos?

Sim, é possível. Os alunos podem requerer a consulta do exame e pedir depois a sua reapreciação. Custa 25 euros.

A nota pode baixar?

Pode, mas não ao ponto de o aluno reprovar.